quinta-feira, 2 de abril de 2009

Um criciumense que governou o Estado

Por Denis Luciano

Ele nasceu junto com a cidade de Criciúma. Um mês depois da emancipação de Araranguá, em fevereiro de 1926, a dona Lucília Hülse dava a luz ao menino Rui. Formado engenheiro civil em 1950, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rui Hülse ingressou na política em 1954, elegendo-se deputado estadual. Foi reeleito duas vezes, exercendo mandatos na Assembléia Legislativa em Florianópolis até 1965, sempre pela extinta UDN. "Extinta não, gloriosa", lembra, orgulhoso de suas origens.

Viveu uma situação pouco comum entre 1958 e 60. Elegeu-se presidente do parlamento estadual, enquanto seu pai, Heriberto, era governador do Estado. A família Hülse comandou, portanto, os dois principais poderes do Estado durante três anos. "Fui governador por onze dias, pois meu pai se licenciou para tratar um diabetes", lembra.

Em 65, concorreu a prefeito de Criciúma e venceu Addo Caldas Faraco por 75 votos. "Ele havia sido prefeito duas vezes, tinha experiência. Foi uma eleição muito difícil". Como prefeito, abriu a Fucri, que deu origem à Unesc, duplicou o número de alunos na rede municipal de ensino, construiu o acesso ao Rio Maina e lançou o projeto de construção da Avenida Centenário.

A carreira política de Rui Hülse terminou em 1970. Voltou-se, depois, para a iniciativa privada, atuando no Grupo Cecrisa. Preside o Siecesc, Sindicato da Indústria da Extração de Carvão, há doze anos.

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